terça-feira, 9 de julho de 2013

Recicle!

Começamos nossa coleta seletiva.

Reciclando com criatividade!


Trabalhos dos alunos do colégio Gau Sistema de Ensino, 6º e 7º ano.

Amazônia em alerta

"Desmatamento na Amazônia volta a crescer: país perdeu 46,5 mil há de floresta em maio de 2013 – mais de 400% em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Aqui se faz, aqui se paga.” A parceria com a bancada ruralista começa a passar uma amarga fatura para o governo Dilma: o desmatamento da floresta amazônica, que demorou tanto para começar a ser controlado, mostra sinais tão evidentes de subida que nem o governo consegue mais esconder.

Em coletiva de imprensa na manhã de hoje, o Ibama anunciou uma tendência de aumento de desmatamento que não se via mais no Brasil. Segundo dados do Deter, em maio de 2013 a Amazônia perdeu 46,5 mil hectares de floresta – quase a área da cidade de Porto Alegre. Isso representa um aumento de mais de 400% em comparação com o mesmo período de 2012.

Isso tudo com uma cobertura de nuvens de 42% sobre a Amazônia Legal, o que prejudica a detecção de focos de desmatamento pelos satélites. E mais: o Deter só identifica corte raso em áreas médias e grandes - as pequenas e fragmentadas, que se tornaram frequentes para justamente sumirem aos olhos do satélite, não entram nessa conta.

Luciano Evaristo, diretor de proteção ambiental do Ibama, disse recentemente estar confiante em zerar a tendência de desmatamento ainda neste ano. Mas as informações divulgadas hoje mostram que o país segue o caminho contrário.

“Os números são preocupantes, mas lamentavelmente previsíveis”, diz Kenzo Jucá, da campanha Amazônia do Greenpeace. “O governo Dilma tem sido conivente com o desmatamento. Cedeu aos ruralistas e, em nome de um modelo atrasado e predador de desenvolvimento, avança sobre unidades de conservação e territórios indígenas. Agora chegou a fatura.”

É de notar que, na coletiva de hoje, apenas o Ibama estava presente, enquanto nas anteriores, quando havia queda ou leve aumento, um circo com ministros de Estado era montado - hoje nem Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, deu as caras. Era o momento para o governo mostrar que tem, em suas prioridades, atacar o problema e acabar com essa chaga ambiental.

Mas, pelo visto, em vez de zerar o desmatamento na Amazônia, e mostrar para o mundo pelo menos um feito positivo de seu governo, Dilma prefere entregar o futuro da floresta e dos brasileiros para quem tem motosserra no lugar de mãos. No acumulado de agosto de 2012 a maio de 2013, o país perdeu 233,8 mil hectaresde floresta – um aumento de 35% em comparação com o mesmo período do ano anterior."

Fonte: greenpeace.org

Aterro de Gramacho gerando energia

"A equipe da Coluna Sustentável acompanhou com exclusividade o início da construção do único gasoduto do mundo ligando um aterro de lixo a uma refinaria de petróleo”. É um desfecho nobre para uma história triste que maculou durante décadas um dos mais importantes ecossistemas do país.
O aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, teve suas atividades encerradas em junho do ano passado, às vésperas da Rio + 20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. Para a Prefeitura, era questão de honra fechar o aterro antes que a cidade recebesse chefes de Estado do mundo inteiro para debater os rumos da sustentabilidade.
Aberto em 1978 como um lixão, Gramacho acolheu durante quase 35 anos todo o lixo do Rio de Janeiro e de outras cidades da região metropolitana em um lugar absolutamente inadequado para esse fim : um manguezal, às margens da Baía de Guanabara, ladeado por dois rios. Os impactos ambientais acumulados ao longo dos anos foram violentos.
Um exemplo simples do que estou dizendo: mesmo após o encerramento do aterro (que não vem recebendo resíduos há quase um ano), Gramacho ainda produz, a cada dia, 2 milhões de litros de chorume, um líquido preto e mal cheiroso resultante da decomposição da matéria orgânica do lixo.
À medida que avançava a consciência ambiental da população e a legislação se tornava mais rígida, a Prefeitura investia em benfeitorias no aterro para que fosse possível conter ou remediar a poluição gerada.  
Hoje, Gramacho hospeda uma empresa privada que investiu mais de R$ 250 milhões no local para poder explorar a energia do lixo, ou seja, o biogás resultante do mesmo processo de decomposição da matéria orgânica do lixo que resulta no aparecimento do chorume. 
Por contrato, a empresa se comprometeu a fornecer para a Refinaria Duque de Caxias (da Petrobras) 70 milhões de m³ de biogás por dia pelos próximos 15 anos. Esse volume de gás, que seria suficiente para abastecer todas as residências e todos os estabelecimentos comerciais do Estado do Rio, vai suprir 10% da demanda energética da Reduc.
O biogás será retirado com a ajuda de 300 poços (260 já foram instalados), que bombearão o combustível até uma estação de tratamento construída no próprio aterro. Ali, o gás será limpo, seco e bombeado através de um gasoduto de 6 km de extensão até a refinaria (pelo menos 1,2 km de tubulações passarão debaixo de áreas de mangue e rios). A operação será iniciada ainda neste primeiro semestre.
Ganha a Petrobras quando viabiliza a transformação de um gás de efeito estufa (o metano é entre 20 e 23 vezes mais danoso para a atmosfera do que o dióxido de carbono, ou C02) em energia, permitindo que um gigantesco volume de gás natural seja devolvido à rede de abastecimento. Ganha a empresa privada que opera o sistema por consolidar um novo horizonte de negócios, dando destinação inteligente ao biogás do lixo.
Em um país onde a produção monumental de lixo (algo em torno de 62 milhões de toneladas por ano) gera enormes impactos socioambientais, o gás do lixo é um insumo energético que merece mais atenção e investimentos. É bom para o meio ambiente, é bom para a economia."
 Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/

Transformando o lixo em energia

 “Em boa parte do mundo, o problema do lixo se transformou em solução energética.  Existem hoje 1.483 usinas térmicas que queimam resíduos para produzir energia. O Japão lidera o ranking com 800 oitocentas usinas, seguido do bloco europeu (452), China (100), e Estados Unidos (86). 
No Brasil, há apenas um protótipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. É a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa é capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residências, mas o custo ainda é elevado. Só o protótipo ficou em aproximadamente R$ 50 milhões.  
Mais do que produzir energia, o grande beneficio da Usina Verde é transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resíduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. É menos volume e menos peso.
“Essas cinzas podem ser aproveitadas em calçamento ou base asfáltica para pavimentação de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da área que seria ocupada normalmente com todos os resíduos sendo destinados”, diz Mário Amato Neto, presidente da Usina Verde.
A outra forma de produzir energia a partir do lixo já começa a ganhar escala no Brasil. É o biogás. A parte orgânica do lixo, que é aquela composta principalmente de restos de comida, podas de árvore ou qualquer resíduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gás metano, um gás de efeito estufa, de fácil combustão.   
São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogás como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potência queimam todo o gás do lixo. As máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica suficiente para abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo.
São dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o  São João respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. A queima do biogás ainda gera receitas extras para o município. São os créditos de carbono.
Até junho do ano passado, era o maior aterro de lixo da América Latina. A partir deste ano, Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passará a ser o único fornecedor de biogás do mundo para uma refinaria de petróleo. É um negócio sem precedentes, que dará um destino mais nobre e lucrativo para milhões de metros cúbicos de gás. 
“Estamos estimando que isso vai gerar 70 milhões de m³ de metano quase que puros, que vão ser fornecidos à Reduc após processamento”, afirma  Eduardo Levenhagen, diretor da Novo Gramacho e da Gás Verde. Até julho, o gás de lixo já estará sendo bombeado até a refinaria Para isso, foram instalados 300 pontos de captação.
Do aterro, o biogás será levado até uma estação de tratamento para a retirada de impurezas. Dali, seguirá por um gasoduto de seis quilômetros de extensão até a refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc vai equivaler a 10% de todo o consumo da refinaria.
Em um país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá para imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando os 56 maiores aterros do país, a estimativa é que o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro.
O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia, suficiente para abastecer 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública divulgou que a produção nos 22 aterros onde a captação de biogás é uma realidade já é suficiente para abastecer de energia 1,67 milhão de pessoas.
Especialistas garantem que o biogás pode ser um bom negócio. “Pode ser rentável, mas tem que ser feito com muita cautela. O governo tem que fazer a parte dele também, investir em incentivos”, diz Cintia Philippi Salles, gerente de gestão e sustentabilidade da Arcadis Logos.
Tanto o lixo urbano quanto os resíduos agrícolas têm potencial para turbinar a matriz energética brasileira. Para um país que tem fome de energia, não dá mais para abrir mão do que ainda insistimos em chamar de lixo.”
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/